quinta-feira, 15 de março de 2007

Um pouco mais alem

Temos estado aqui a debater a labuta afervorada da candidatura do Dr. Paulo Portas, em relação a terceiros.
Confesso que estou a ter uma atitude que não me personifica regularmente, simplesmente porque neste caso, optei por “contorna-la” devido ao gosto e admiração que tenho ao carismático. ...quero com isto dizer que não costumo defender caras, mas sim projectos.
E lá porque agora o advogo com garra, tenho a consciência que não significa que ele seja sempre a minha referência no PP. O protagonista é uma pessoa com juízos e crenças individuais (obviamente), e não estou iludida de partilhar infinitamente a sua perspectiva particular, seria naif ou ignaro da minha parte.
Vivemos agora, no meu entender, uma pseudo-simbiose entre nós (os apologistas) e o protagonista (Paulo Portas). O nosso proveito pela sua convicção e profissionalismo, e o nosso aplauso e apoio a ele, são dois dos factores condicionantes deste aludo politico.
E o resto? Porque ate agora, ladeamos o tal resto, que é o fulcral de tudo..
Tudo está em constante mudança, inevitavelmente.
Que dizer de assuntos que nos assolam todos os dias, e que os partidos (quase todos) por indiferença e vicio nem se manifestam?
(Dando alguns exemplos recentes:
Que dizer das escolas que adestram sobre homossexualidade a miúdos de 4-11 anos, no Reino Unido? Que dizer dos africanos que pretendem um Estado independente na região de Lisboa? Que dizer das salas de chuto? Que dizer dos portugueses que não confiam nos políticos? Que dizer da China que, para agradar muçulmanos, proíbe ideograma do porco? Etc…)
Ai há uns dias saiu uma notícia que afirmava que “metade dos portugueses apoiam o país mesmo nas decisões erradas”… os mais precipitados explicaram prontamente que somos, por isso, um país fortemente nacionalista. Nada mais traiçoeiro. A ênfase não é no “apoiar o país”, mas sim “nas decisões erradas”,(a meu ver).
Somos um país que se desleixa na escolha das opções a tomar, uns por ignorancia, outros por negligencia, outros por cepticismo total.
Acredito por isso que é importante saber a holística dos temas e dos projectos. Temos estado a levar esta disputa de uma forma muito pessoal, descuidando alguns outros aspectos que são tambem importantes.
E digo isto porque acredito piamente, que em tempos em que a "lei do mais forte" não prevalece, cabe unicamente à Politica, orientar o futuro biológico. É certo que é a longo prazo, mas não deixa de ser verdade.
A titulo de exemplo, não são só as leis ambientais que trarão "frutos amargos" ou não, num futuro mais ou menos longínquo. A deliberações no campo da medicina, as decisões nos limites migratórios e até na quantidade e qualidade alimentar, produzirão as suas consequências a que todos estaremos sujeitos.
Em último caso, serão os nossos filhos a sentir na pele o poder das nossas próprias decisões e arbítrios.

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