quarta-feira, 14 de março de 2007

Que futuro?

O Carlos Martins - ao lado de quem é um prazer escrever - traz a questão que verdadeiramente interessa. Qual directas, qual congresso, quais assinaturas. O importante é: que futuro para o CDS?
Acho que será esta a altura para dizer que não sou sequer militante do CDS. Por opção nunca me filiei, espero fazê-lo um dia, mas não tenho pressa. Sou no entanto militante da Juventude Popular, e por graça disso, tenho sido delegado aos Congressos do CDS e ao seu Conselho Nacional.
Naturalmente vivo o CDS como o meu partido.
À parte das questões formais e situacionais, porque creio em Paulo Portas para dirigir o partido?
Tal como o Carlos, também me conto entre os liberais da JP. Ainda assim também não pretendo que o CDS se transforme num partido liberal. Porque me parece que tal caminho não seria, pelo menos para já, um caminho de futuro, e porque me parece que o CDS pode viver bem numa linha Liberal-Conservadora, mas marcadamente de Direita.
Sei que temos de seguir um caminho inclusivo, previsível e abrangente. E a verdade é que nos últimos anos o CDS não tem sido nada prevísivel. Eu quero um partido em que se possam antecipar as tomadas de posição. Em que se saiba de antemão o que se vai defender. E não um partido que decida caso-a-caso por não sei bem quem que posições vai tomar.
Mas quero mais, quero um partido que aproveite o facto de o PSD estar fraco para se apresentar como alternativa. Sem complexos. O CDS pode e deve ser líder de oposição e sabemos, porque o vimos nestes dois anos, que não vamos lá com ReC.
Precisamos de um líder forte, que saiba como defender o CDS. Um líder que se apresente previsível mas acutilante. Em suma, um líder em quem confiemos.

Eu acredito em Paulo Portas.

2 comentários:

Diogo Moura disse...

O importante não é discutir se é legal, ilegal, se um ou o outro tem razão. Isso é para discutir nos orgãos competentes e resolvido no Conselho Nacional do próximo Domingo.
O que convém realçar é o que cada um dos candidatos pretende para o Partido e para Portugal.
É isto que interessa aos portugueses, é isto que devemos debater, também, neste blog.

Maria Machado disse...

O importante é: que futuro para o CDS?
deixarmo-nos de ideologias escritas, quase arcaicas, e defender uma posição de Direita inovada, é que era bem jogado.
O que faz um partido é quem lá está, a meu ver, não são os "axiomas".
o meu voto vai para uma Direita progressista e nacionalista.
mas acima de tudo o importante é ter alguma flexibilidade, para que todos se identifiquem significativamente com ela.