sábado, 17 de março de 2007

"Sou candidato a presidente de todo o partido"

Foi um grande jantar aquele a que tive o prazer de estar presente esta sexta-feira, em Lisboa. Que saudades que já tinha dos jantares do CDS/PP emotivos, onde as pessoas estão por gosto e não por necessidade ou solidariedade institucional. Enfim, que saudades deste partido que hoje voltei a ver em Lisboa.

No seu melhor, e em 20 minutos de discurso, o Dr. Paulo Portas afirmou que é "candidato a presidente de TODO o CDS", e que por esse facto não irá entrar em polémica com nenhuma parte do partido.

Gostava também de felicitar a concelhia do CDS de Lisboa e a distrital de Lisboa do CDS/PP pela magnífica organização, na pessoa, respectivamente, da nossa cara Orísia Roque e do Dr. António Carlos Monteiro.

Que saudades... mas está próxima a vitória!! Ontem fomos 1000, amanhã seremos muitos mais!!

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Deixo-vos a notícia do jantar, da RTP:

Lisboa, 16 Mar (Lusa) - O ex-líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje que é candidato a presidente de "todo o partido", garantindo que não irá entrar em polémicas e quezílias com o presidente José Ribeiro e Castro.

"Sou candidato a presidente de todo o partido, isso basta para que eu não entre em polémica com nenhuma parte dele", afirmou Portas, num jantar em Lisboa com militantes.

"Queremos um País sintonizado com o País e não entretido consigo próprio", acrescentou, salientando que o que pretende é "livrar o CDS de divisões e facções".

Num jantar com mais de oitocentas pessoas, e depois de entrar na sala do Centro de Congressos de Lisboa ao som da banda sonora do filme "O Rei Artur", o ex-líder do CDS assumiu o objectivo de mudar o partido e fazê-lo crescer para o centro-direita.

"Há quinze dias discutia-se se o CDS sobrevivia. Hoje, discute-se se o CDS vai crescer para o centro-direita. Eu, honestamente, confirmo essa intenção:

o meu objectivo é mudar o CDS para o adaptar à sociedade de hoje", defendeu.

Destacando os temas que quer ver discutidos no partido - saúde, segurança social, emprego - Portas deixou um `piscar de olhos` ao eleitorado de esquerda, garantindo que irá tratar "novos temas" e não deixará "a patente da contemporaneidade" a outras forças políticas.

Numa análise ao impacto do seu anúncio de recandidatura à liderança do CDS, Portas considerou que "os ataques duros" vindos do Governo só têm uma explicação.

"O primeiro interesse do engenheiro José Sócrates é que a oposição fique tal qual está: é o seu seguro de vida", disse.

O ex-líder do partido definiu também qual o posicionamento que, se regressar à presidência do CDS, pretende ter em relação ao PSD.

"As questões do PSD não são problema nosso (...) O meu caminho é autónomo, a nossa autonomia deve ser total", precisou.

Portas voltou a defender a legalidade da realização de eleições directas a 14 de Abril, sem Congresso prévio, invocando o parecer positivo do Conselho de Jurisdição nessa matéria.

"Sou institucionalista, confio no Conselho Nacional e acato os pareceres da Jurisdição", salientou, apelando à presença de todos no Conselho Nacional de Óbidos.

"Há uma decisão na mão dos conselheiros nacionais. Ninguém deve faltar no domingo, é lá que a decisão essencial vai ser tomada. Eu confio nesta decisão do Conselho Nacional", assegurou.

Portas dedicou também uma parte da sua intervenção ao Governo, reconhecendo a "determinação" do primeiro-ministro mas confessando detectar "sinais preocupantes" na evolução de José Sócrates.

"Um deles é a acumulação de poder", afirmou Portas, retomando críticas que têm sido feitas pelo líder do PSD, Marques Mendes.

Salientando compreender a necessidade de maior coordenação nos serviços de informações e nas polícias, Portas questionou a necessidade de José Sócrates ter "na sua directa dependência" os dois secretários de Estado que irão controlar estas áreas.

"Não existem, para esse ponto, os ministros da Justiça e da Administração Interna?", questionou.

O ex-líder do CDS alertou também para o aumento do controlo do Estado sobre a informação relativa aos cidadãos, nas áreas policial, fiscal e social.

"Cuidado com um Estado que se intromete na vida dos cidadãos mais do que deve. Deixo-vos esta reflexão. É um exemplo do que não deve ser o uso de uma maioria absoluta", avisou.

Antes de Paulo Portas, o líder da distrital de Viseu, Hélder Amaral, anunciou ter recolhido assinaturas de mais de 2.000 militantes a favor das directas e manifestou o seu apoio a Paulo Portas.

"O partido estava angustiado, nalguns sítios envergonhado e noutros até com medo", afirmou o deputado democrata-cristão, acrescentando que o CDS voltou a "sorrir, a ter alegria, a ter festa", com o anúncio da recandidatura de Paulo Portas a 01 de Março.

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