quarta-feira, 21 de março de 2007

Visto de fora...

Hoje em conversa com uma amiga, cheguei a algumas conclusões, sobre o que pensa quem está de fora. Esta amiga, não é militante e muito menos é do CDS, no entanto é alguém que demonstra interesse na vida política e partidária. Em primeiro lugar, disse-me o óbvio, ou seja, é notório que existem dois candidatos, duas alas, opiniões contrárias. De facto, é verdade. Por um lado, temos Paulo Portas e por outro Ribeiro e Castro. Até aqui tudo bem. A divergência de opiniões é salutar, é disso mesmo que trata a democracia. Ainda bem que assim é.
Agora visto de fora, esta mesma amiga disse-me o que pensava sobre a situação do CDS/PP. Em primeiro lugar, vê uma ala moderna e liberal que procura um novo rumo para o País. Vê ainda, um conjunto de pessoas com novas ideias, que acompanham as novas tendências politicas europeias. Vê também, um Paulo Portas revigorado e empenhado em fazer oposição de forma competente e séria.
Em segundo lugar, diz-me que existe outra ala – Ribeiro e Castro – que lhe lembra os anos 80. Adianta que aqui, há um conjunto de pessoas simpáticas mas que não acompanharam os novos tempos. Diz ainda: quando aludem ao PREC, ao Golpe de Estado, etc. é sinonimo que não avançaram no tempo. Considera que estão agarrados ao Poder, e a prova disso aconteceu em Óbidos. Talvez não vá tão longe, mas que estas mesmas pessoas estão desfasadas do tempo, lá isso não posso contrariar. Não percebe a excitação de Ribeiro e Casto (sobre as directas) no passado, e a insegurança do presente. Não concebe ainda a ideia de Ribeiro e Castro dividir o tempo entre o Caldas e Bruxelas, assim como não compreende a importância/peso politico que Martim Borges de Freitas tem.
É esta a imagem que passa para o exterior do Partido. Já ouvi também que quem está com Paulo Portas quer a morte do CDS, procurando ficar com o PP. Engraçado é que este tipo de comentários, vem de dentro. Meus amigos, CDS e PP são a mesma coisa, não vamos arranjar problemas onde eles não existem. Não me parece que Paulo Portas tenha uma ideologia democrata-cristã às 2ªs, 4ªs e 6ªs, e liberal às 3ªs, 5ªs e sábados. São estes os argumentos utilizados, pela ala Ribeiro e Castro? Não será isto, fuga para a frente? Porque será, que nunca vemos ninguém da actual direcção falar antecipadamente? Porque será que esperam sempre que Paulo Portas ou alguém que o apoie fale primeiro? Não têm ideias? Precisam de ouvir para ripostar? Enfim, são tudo perguntas que temo que nem eles saibam responder.
Pois bem, e porque o “Post” já vai longo, fico-me por aqui.

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