terça-feira, 20 de março de 2007

Falar a Verdade

Confesso que era admirador da Dra. Maria José Nogueira Pinto, figura incontornável no nosso partido e na política portuguesa. Provou, durante muito tempo, ser uma mulher de armas e não se atemorizar. Deu uma lição de honestidade e justiça ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e em relação a isso a única coisa de que pode ser acusada é de ter pertencido ao pior executivo municipal de que há memória em Lisboa. E era, claramente, a melhor vereadora, a que tinha o melhor desempenho e apresentou mais resultados. Por tudo isso a admirava.

Qual não é então o meu espanto quando, via TV, assisto às suas declarações no domingo passado. De imediato me procurei informar junto de pessoas que lá estavam, e todas foram unânimes em dizer que não houve qualquer agressão. E eu confio nessas pessoas.

Pergunto então: porquê, Dra. M. J. Nogueira Pinto? Porque é que acusa sem provar, porque é que apenas se "lembrou" que (alegadamente) foi agredida no dia seguinte e não o denunciou logo na altura, quando ainda por cima estava em directo nas televisões? Porque é que, se está tão segura de ter sido agredida, não revela a prova que diz que tem e não intenta uma acção judicial contra o alegado agressor?

Até prova em contrário, toda a gente é inocente. É um princípio basilar do nosso Estado de Direito. Se há provas, mostre-as. Não falte à verdade. A Dra. Maria José Nogueira Pinto é muito mais do que esta imagem que quis transparecer. Não deixe que nos recordemos de si no futuro por causa deste episódio, o que seria da mais atroz injustiça.

Para evitar julgamentos sumários que aproveitam a muito poucas pessoas e só desfavorecem o partido, peço que se reponha toda a verdade. Porque o CDS/PP merece isso. Nem eu nem nenhum militante do CDS/PP somos "cães de fila", mas antes pessoas que querem o melhor para o nosso partido. Peço que se esclareça de vez este assunto, para que depois o possamos enterrar de vez. Assim, evitam-se barbaridades como esta, que só desfavorece o CDS/PP

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