quarta-feira, 18 de abril de 2007

"Há coisas que me intrigam" - Por Francisco X. S. A. Aguiar

Tomei a liberdade de publicar este comentário do Francisco.

"O Presidente Ribeiro e Castro (PREC) diz que se for eleito Presidente do Partido, quer trazer MJNP de volta. Ora como há-de ele consegui-lo se o próprio, enquanto Presidente do Partido, não conseguiu impedir a sua saída há bem pouco tempo?
O PREC quer trazer de volta ao partido históricos e fundadores, como por exemplo Rui Pena, Pedro Feist, etc. Eu pergunto o que será mais importante – trazer novos militantes para o Partido, fazendo-o crescer, ou ir buscar quem de cá saiu, não mostrou nem amor ao Partido nem capacidade de resistência, quando outros cá dentro aguentaram o barco. Alguns desses, imagine-se, até foram ministros pelo PS!
Já me esquecia – o PREC, a seu tempo, também saiu do seu querido CDS, esteve a soldo do PSD e depois voltou.
Pois voltou, mas voltou para o já Partido Popular CDS-PP, convém não esquecer. E convém também não esquecerem muitos da minha geração ou mais novos, que andam por aí armados em arautos da integridade do CDS, que foi já no Partido Popular CDS-PP de Manuel Monteiro ou de Paulo Portas que se filiaram e não no Partido do Centro Democrático e Social, que esse, como tal, já há muito não existe!
Andam os apoiantes do PREC alarmados com o objectivo de Paulo Portas de querer fazer o partido crescer para o Centro-Direita. Eu pergunto-lhes: Então havemos de crescer para onde?! Para a extrema-direita? Ou não crescer de todo? “À nossa Direita está a parede!” já dizia Paulo Portas no congresso de Maio de 98.
Mais, andam tão preocupados que nem sequer se puseram a pensar que os tais históricos que o PREC quer trazer de volta, os tais do “velho CDS”, são exactamente os que de menos Direita havia no Partido, os puros centristas, que se zangaram com o alinhamento à Direita feito por Manuel Monteiro. Os da velha linha do "tanto podemos governar com o PS como com o PSD". E são de facto tão pouco de Direita que uns não tiveram problemas em se aproximar ao PSD ou mesmo ao PS, chegando alguns deles a ser ministros – casos estes de Rui Pena e Freitas do Amaral.
Agradecia menos hipocrisia e menos falácias nesta campanha por parte dos apoiantes do PREC. Infelizmente, quando não há argumentos para defender o indefensável, critica-se o adversário e deturpa-se a história e a realidade das coisas."

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