domingo, 8 de abril de 2007

Paulo Portas acentua autonomia do CDS-PP face ao PSD

Paulo Portas apresenta amanhã, em Aveiro, o seu documento de orientação política – com as eleições legislativas de 2009 já em pano de fundo –, no qual assume o compromisso de fazer crescer o CDS, independentemente do PSD.
“O crescimento do CDS implica a sua clara autonomia estratégica em relação às demais forças políticas”, define Paulo Portas, sem, no entanto, colocar fasquias que esse espírito de conquista deve alcançar.E sublinha que “o objectivo do CDS é crescer, não é fazer alianças em quaisquer circunstâncias”.“O CDS é diferente do PSD, é autónomo em relação ao PSD e é independente da evolução interna do PSD”, afirma no documento.
Na intervenção que vai fazer amanhã no Centro de Congressos em Aveiro, no arranque da sua campanha para as directas, o candidato à liderança do CDS diz que o partido “carece de uma agenda política que os cidadãos conheçam e reconheçam como próxima das suas preocupações”.


Portas também vai abordar temas muito pouco usuais no seu discurso, como a defesa do “Serviço Nacional de Saúde, a insegurança quanto à defesa do poder de compra das famílias, insegurança quanto à solvência, a prazo, do sistema de pensões, a insegurança quanto à capacidade da economia portuguesa gerar riqueza, criar emprego e dar novas oportunidades a trabalhadores que são as primeiras vítimas da nossa falta de competitividade (...)”.


Oposição ao Governo entre as prioridades


Afirmando que “não vale a pena fazer balanços muito demorados sobre a situação partidária”, Portas coloca a oposição ao Governo na mira das prioridades e estabelece, desde já, algumas prioridades: ”Preparar, até 2009, uma equipa de Governo visível e funcional.”Ao mesmo tempo, quer um projecto de linhas gerais de ”Orçamento Alternativo, a apresentar em 2009”. A ideia, reconhece, não é sua, mas de Nobre Guedes, o seu ex-número dois, com quem se aconselha sobre a estratégia de relançamento da vida do partido.Portas quer um ”CDS moderno, integrador e justo”, virado para as “exigências de qualidade de vida: devemos ser competitivos no ambiente, e no desenvolvimento sustentável, cosmopolitas na cultura, inovadores nas questões da ciência”.


in Público

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