segunda-feira, 9 de abril de 2007

Diz-se por aí...

Diz-se por aí:

Confusão política e demagogia são dois dos apanágios do Mundo, desde o século XVIII - mas não são inelutáveis. Pensar (e julgar-se convencido/a) que se sabe de onde se vem e por onde se quer ir, quando nem se sabe, de facto, a origem, nem tão-pouco o caminho, isto só pode levar ao colapso. É o que está a acontecer. A fundação cai e o edifício desmorona-se.

Mas há uma hipótese de reconstrução.
Permitam-me, até, o desplante de citar uma frase que, todo este discurso (lido), me lembra: “Sei muito bem o que quero e para onde vou, mas não se me exija que chegue ao fim em poucos meses.” Curioso, não?

Por outro lado, a crise do CDS-PP não se criou, mas foi criada - e nunca pelo dr. Paulo Portas. Este só levantou o pano, para poder colocar em ordem os actores e aprumar a cena teatral.
Criticam-no? Eu aplaudo!
É preciso coragem para mudar! A inércia não deve ser trunfo de ninguém…
Vejamos a realidade concreta: fica muito bem e é sumamente majestoso, a actual direcção fazer, por exemplo e abordando apenas uma pasta, umas visitas ao Mundo Rural e sujar os sapatitos na terra.
Contudo, quando vem o Ministro da Agricultura defender os interesses de Bruxelas, ao invés de preconizar as finalidades sumas da agricultura portuguesa (imagine-se o escândalo deste defeito de fabrico!), o papel do CDS-PP é resumir-se a um palavreado (ainda por cima, vazio) de posicionamento contra (?)… façam o favor ao Povo Português! Merece mais do que discussões de café!

Não se julgue, todavia, que eu sou o típico desmancha-prazeres: não o sou. Faço, pois, vénia a quem afirma que o CDS-PP precisa de se implantar mais solidamente em estruturas concelhias e distritais. Agora pergunto: isso tem sido feito? Sim, nos últimos anos, com certeza. Não nos esqueçamos, é de referir as guerras constantes e os “golpes concelhios” que têm advindo, e que abanam os pilares do partido, derivado de interesses difusos e díspares, que decorrem de uma liderança nacional incapaz.
É neste contexto de temor e tremor constante, que se apresenta inolvidavelmente pertinente falar de feudos. Os mesmos feudos têm funcionado, nos últimos tempos, no CDS-PP, de resto, como o próprio regime feudal da Idade Média, mas com uma pequena diferença - aqueloutros, (os reais do pré-1453) deram frutos - conhecimento, teologia, arquitectura… - e o partido do século XXI (que já hoje o deveria ser, e não é) continua, quiçá, feudal, sim, e a portar-se e a quer mostrar-se, à sociedade portuguesa, como se o PREC, tivesse sido antes-de-ontem.
Assim não podemos continuar!

Já essa pragmática do “vale por si mesmo” é um sofisma a dissecar. Normalmente, é o que os talibãs dizem antes de despenhar um avião onde lhes convém…
Nada vale por si mesmo, se não for mostrada a utilidade. Não aprecio Bentham, mas reconheço-lhe o mérito.
Quanto ao partido de todos, que melhor projecto, que não o do dr. Paulo Portas? Comprometendo-se a permitir e a institucionalizar a existência de correntes no seio do partido, que maior sinal pode haver de maturidade democrática? Digo eu: nenhum.

É este, o novo espaço de liberdade e aceitação que irromperá, renascido das cinzas do CDS-PP de hoje; que irá despontar com a vitória do dr. Paulo Portas nas directas de 21 de Abril. É por esta nova forma de encarar a política - como ciência e como arte - que todos nós, neste blog lido e comentado, percorremos o caminho para a conquista da fidelidade do povo e, constringentemente, do seu voto.

Porque Portugal é muito mais do que o que hoje se mostra;
Porque há quem seja o rosto da mudança e do novo advento;
Porque, por isso mesmo, existe a possibilidade alternativa;
Apoiemos o dr. Paulo Portas!
Viva Portugal!

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