terça-feira, 6 de março de 2007

Portas Portas Portas

Este é um texto que escrevo pessoalmente, mas na verdade poderia escreve-lo em nome de toda a Juventude Popular do Barreiro. A alegria que senti em toda a Comissão Política Concelhia pela disponibilidade do Dr. Portas em liderar o CDS-PP.
Em democracia a oposição representa um dos pilares essenciais do sistema. Portas soube ler a realidade política nacional e verificar que não existe oposição a José Sócrates. Por um lado, a bancada parlamentar do CDS-PP, por questão interna, queria que efectivamente Portas avançasse trabalhando a meio gás; por outro lado o PSD encontra-se órfão de um líder, mas pior ainda órfão de ideias válidas para uma alternativa credível. Estes dois factos contribuem, em grande medida, para que José Sócrates se mantenha nos Pirinéus da popularidade. Em democracia participar de forma profícua na oposição é tão ou mais importante que exercer o poder.
A verdade é que o líder Ribeiro e Castro sempre esteve sempre preocupado com questões do foro interno do CDS-PP, ao invés de dimensionar a sua oposição interna ultrapassa-la e discursar para um país carente de alternativas. O CDS-PP, nestes dois últimos anos, perdeu oportunidades de assumir o espectro total da direita portuguesa: quer quando Marques Mendes assumiu que o PSD iria virar ao centro-esquerda; quer aquando do regresso do Bloco Central no Pacto para a justiça; por último ainda na temática do aborto em que o PSD respondeu Nim.
Efectivamente estes dois anos, não obstante o trabalho de aproximação das bases que o Dr. Ribeiro e Castro tentou realizar, foram anos de oportunidades externas perdidas, em que o CDS se passou a discutir a si próprio, em Congressos Extraordinários sucessivos. Nesta perspectiva não há como não considerar que Ribeiro e Castro nunca foi líder materialmente do partido, e que os Congressos não passaram de legitimações formais da sua suposta liderança. Ou seja, se a suposta “equipa” de Portas conseguiu perturbar tanto a actual direcção e tinha tanto peso é porque essa equipa ensombrava a liderança de Ribeiro e Castro.
É por isso que se alegra o CDS-PP quando Portas se afirma presente para 2009. Para bem mais do que isso, afirma-se líder da direita portuguesa, em detrimento de Marques Mendes. Bem como para causar moça na governação de Sócrates, obrigando-o a ser mais e melhor governo para escapar à critica construtiva, mas mordaz de um CDS-PP.Com esta ambição e com este desejo e confiança em Paulo Portas estarei ao seu lado e ao lado da Juventude Popular a apoiar a sua candidatura.

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