terça-feira, 6 de março de 2007

Acariciar a psique

Partilhamos a boa-nova do Paulo Portas regressar, praticamente do inactivo, para a dianteira da labuta politica.
Bom prenuncio para quem, como eu, já se considerava uma dissidente, e evidentemente ainda mais, para quem o PP é uma total identificação ideológica.
Tenho lido noutros blogs, muitos criticarem arduamente o Ribeiro e Castro, uns no sentido de enaltecer ainda mais o carisma do Paulo Portas, outros por simples desprezo.
Acredito que essas criticas, pelo menos algumas, sejam bem intencionadas, mas não são favoráveis em termos intra partidários.
Com certeza que o actual líder fez o melhor que soube. ...Muitas vezes nem a melhor intenção é satisfatória ou benéfica... Mas Ribeiro e Castro está em serviço porque assim foi nomeado e escolhido.
Aceitar o evidente é o suficiente. Todos nós fazemos erros, e consequentemente, todos nós pagamos um preço. A diferença, neste caso, é que o eleito acaba por não ser um erro, mas quiçá uma menos boa escolha. E provavelmente se as vivencias fossem outras, o Paulo Portas não teria regressado com tanto entusiasmo.
É aceitar a realidade, e não mais obcessionar com ela.
As pessoas gostam de falar de terceiros, gostam de fofocar, difamar. (e isto digo no geral..) Faz com que se sentirem superiores, e no controle da situação. E para algumas dessas pessoas, saber que há quem fofoque com elas, faz com que se sintam com poder.
Enfim…. Vem aí uma grande etapa, esse é que é o foco de deleite.
Seria proveitoso começar a analisar também hipóteses para manter o PP no apogeu, porque o carismático não deveria ser o único bom agoiro do partido.
Actualmente é, e para muitos de nós sempre foi, o “best shot”, mas seria benéfico ter outros postulantes igualmente fortíssimos. A diversidade dentro de um partido é uma característica progressista. Isso sim daria ainda mais poder partidário.

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