domingo, 20 de maio de 2007

Anatematizar o candidato do PS

Tenho que confessar que não acho correcto o Dr. António Costa renunciar ao seu mandato de Ministro de Estado e da Administração Interna para candidatar-se à Câmara de Lisboa.
É deselegante e não é ético andar a brincar aos empregos, como quem anda a coleccionar cromos.
As atitudes dizem muito de uma pessoa, e saber dizer que "NÃO" é legítimo e, em muitas circunstâncias, benéfico para todos.
Que ilações se podem tirar desta tentativa audaz? …a meu ver, talvez o ego pessoal tenha imperado ao brio laboral.
Quando surge uma proposta mais atractiva, abandona-se o barco sem dar cavaco a ninguém. E a situação é aplaudida e laureada!
A posição de membro do Governo não deveria ser tão irrelevante, pois afinal, é dos lugares mais prestigiantes e com mais responsabilidade se o trabalhinho fosse bem feito.
E se ele não ganhar em Lisboa? Como vai ser? Regressará ás funções que renunciou, em tom de desinteresse? Irá para o desemprego? É retórico porque o a posteriori não interessa.
O vício está mais que implementado na esfera politica, transparecendo que já é parte integrante da condição humana. A ambição de arrecadar o máximo em termos partidários, descurando as verdadeiras razões de poder. Tira daqui, mete ali, como quem espalha bonequinhos nas batalhas do “Risco”:Sócrates quer que António Costa seja o candidato do PS à CML

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