segunda-feira, 23 de abril de 2007

O futuro é agora

Ainda não tinha tido oportunidade de comentar o resultado das directas no CDS. É que ao contrário da população em geral, eu trabalho ao fim-de-semana. Como tal fui votar no sábado depois das sete, fui esperando os resultados no Ipanema e acabei por me deitar muito tarde. Ontem trabalhei o dia inteiro e nem vi decentemente as declarações de Portas ou de ReC.
Felizmente a tecnologia liberta, e com a ajuda da Internet podemos ver a notícias, as reacções, os comentários, etc, quando quisermos e de quem quisermos.
Fiquei naturalmente contente com o resultado e com a expressividade do mesmo. Mostrou que nós por aqui e todos os que esse país fora deram a cara pela mudança não estavamos a fazer parte de nenhum "assalto" ou de uma "minoria que saiu dos arbustos", ou afins epítetos. Mostrou que a vontade de mudança era esmagadora (curiosamente, ou não, da ordem de grandeza dos resultados do CN de Torres Novas) e que todos os expedientes para a atrasar foram chumbados por boa parte do partido. Ainda assim, lamento o título do Público de ontem. Ao contrário do lá se lia, Portas não "arrasou" Castro. Portas teve uma vitória arrasadora, é certo, mas essa foi afirmativa e não contra Castro ou outrém. Portas praticamente nunca falou de ReC na campanha, limitou-se a defender a sua visão de partido.
Daqui em diante há muito que fazer. Julgo que o partido tem muitas estruturas que criar. Deve apostar na massa crítica e debater temas variados sem complexos. Alías, já o tinha dito, os CN podem servir para isso mesmo. Confesso que não seguiria como prioritárias as área da Cultura e do Ambiente (aliás eu acabava com o ministério da Cultura, acho-o um bocado sinistro).
Particularmente contente fico com a possível organização de tendências no interior do partido. Acho que pode fortalecer essa massa crítica, e criar dinamismo nas propostas. O partido poderá beneficiar de vários pontos de vista sobre várias matérias, e fazer, finalmente, a síntese das correntes de pensamento que o compõem.

PS: penso que este blogue pode e deve continuar até ao congresso do CDS. Depois logo vemos.

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