segunda-feira, 30 de abril de 2007

Estatutos

Aproveitando o post do Micha, no qual nos dá a grande alegria de se filiar no CDS, relanço aqui uma questão.
No Congresso a realizar em Torres Novas, o primeiro dia (ou melhor, noite) será reservado a debater e aprovar as propostas de revisões de estatutos.
Sendo que no PS e PSD é obrigatório a que todo o jovem que se filie na juventude partidária respectiva e que tenha mais de 18, seja filiado simultaneamente no Partido, julgam que no CDS se deveria seguir o mesmo caminho ou devemos manter a autonomia?
Aconteceram casos interessantes nestas eleições. Apareceram para votar vários ex-militantes da JC (digo ex porque atingiram os 30 anos) julgando que, automaticamente, passariam a militar no CDS-PP.
Outro caso foi o de não deixarem votar os delegados da JP à Assembleia Concelhia respectiva com menos de 17. Ora, então para que é que se é eleito para um cargo que, na prática, não tem efeitos?
E já agora, porque é que a FTDC pode apresentar cadernos eleitorais com militantes que não foram eleitos como delegados? É que, para quem não sabe, estes militantes são escolhidos aleatoriamente...

13 comentários:

João Pedro Gomes disse...

Quanto á questão de se passar automaticamente, no limite da idade, da JP para o PP, devo-te dizer que sou favorável a isso, o que era perfeitamente exequível através da colocação de uma cláusula na ficha de militante da JP, onde o candidato a militante diria qualquer coisa como: "Se, uma vez completados os 30 anos de idade e não houver qualquer comunicação em contrário, considera-se o candidato automaticamente filiado no CDS/PP".
Penso que isto resolveria muita coisa. E rejuvenesceria o partido. Mas tem de ser feito primeiro em sede de congresso da JC.

David Martins disse...

A questão dos 30 anos é importantante. João, a tua sugestão é pragmática e pode ser uma das soluções.

No entanto, se um militante da JP maior de 18 anos for obrigado, simultaneamente, a ser do CDS estaremos a instrumentalizar a jota, a restringir a liberdade e o processo de conhecimento politico e individual de cada jovem militante da JP.

A liberdade que se vive na JP fascinou-me desde o primeiro momento. Valorizo-a muito.

Sou de Direita, con-lib, no entanto, aprovando algo deste genero, eu saía.

André Barbosa disse...

"Se, uma vez completados os 30 anos de idade e não houver qualquer comunicação em contrário, considera-se o candidato automaticamente filiado no CDS/PP".
SIM:__ NÃO:__

Parece-me boa a hipotese lançada pelo João Pedro Gomes, apenas acrescentava - para resolver o problema lançado pelo David - Sim ou Não.
Portanto, o candidato a militante da JP poderia optar por uma filiação automatica no Partido, ou caso não tenha interesse, esta mesma fica sem efeito, bastanto uma cruz no Não.
A meu ver, será o mais sensato.

João Pedro Gomes disse...

Sim, concordo com o que o David e o André disseram. Parece-me inclusivé que aquilo que o André propõe é muito bem pensado, mas deve-se incluir no texto: "(...)e não se tendo o candidato filiado entretanto no CDS/PP(...)". Assim afasta-se a ideia que ia surgir de que só aos 30 se poderia ser militante do PP, se também se fosse da JP

André Barbosa disse...

João,parece-me bem. O importante aqui, é dar liberdade às pessoas de se filiarem ou não no CDS/PP. Uma vez explicadas as condições, serão livres para decidirem se querem ou não, continuar no Partido.
Quanto ao teu novo ponto, também poderia ser feito uma nova pergunta, do genero:Está ou esteve filiado no CDS/PP? SIM__ NÂO:__
Sem grandes burocracias, com 2 perguntas, é possivel saber se o candidato a militante da JP está filiado no Partido e, se não está, tem interesse em se filiar automaticamente (após os 30 anos).

Francisco X. S. A. d'Aguiar disse...

Isso é tudo muito bonito, mas, sinceramente, acham que um miúdo de 14 anos quando se filia na JP tem maturidade para saber se quando tiver 30 vai querer ser filiado no Partido Popular CDS-PP?

André Barbosa disse...

Francisco,

Quando o miúdo de 14 anos atingir os 30 anos e,uma vez filiado no CDS/PP, tem 2 alternativas: Se acha que fez a opção correcta, continua. Se, pelo contrário, não está enquadrado no Partido, desfilia-se.

michael seufert disse...

Francisco, a questão é apenas que a pessoa deve concordar com a filiação automática no partido. Não pode ser feita semo consentimento do militante.
Se o militante aos 14 quiser decidir, põe a cruzinha no Sim. Senão, põe no Não e logo vê...

João Pedro Gomes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Pedro Gomes disse...

Francisco,
Concordo contigo, no entanto a inclusão da cláusula condicional ("na ausencia de comunicação em contrário") resolve isso perfeitamente, visto que o candidato a militante poderia, em qualquer altura até aos 30 anos, dizer que não pretendia ser militante do PP automaticamente pelo decurso da idade. Isso possibilitaria, de outro modo, que pudesse ponderar (no caso tinha 16 anos para o fazer, dos 14 aos 30), e dizer o que queria que se fizesse. A cláusula condicional resolve isso perfeitamente.

André Machado Carreira disse...

acho que perfeito seria haver intercomunicação de dados do partido e da jota , e quando os elementos da jota atingissem os 30 anos de idade e ainda não fossem filiados no partido, o partido contactava a pessoa para saber se queria ou não fazer parte do partido!acho que assim seria razoavel, não se escolhe aos 14 se aos 30 se quer ser do partido, mas sim na altura certa, se ainda não o tiverem feito!

David Martins disse...

Em suma, além do que é evidentemente necessário e lógico, quanto menos o partido se misturar com a jota, melhor.

André Barbosa disse...

O candidato não tem necessariamente que ter 14 anos, até pode ter 24 ou 28. Pelo que tenho visto, a maior percentagem de novas filiações está entre os 17 e os 20 anos. Por razões de economia, quer processual quer financeira, não me parece razoavel que o partido entre em contacto com o militante que acaba de fazer 30 anos. Agora, deixar ao critério - e dar essa liberdade - do militante, de optar por entrar no Partido ou não, já me parece sensato.